A cidade de Cuiabá está situada na parte mais central da América do Sul, exatamente no seu centro geodésico, sendo, portanto a cidade do coração da América do Sul.
A determinação geográfica do exato local onde se situa o centro geodésico
se deve ao grande oficial do Exército Brasileiro, Cândido Mariano Rondon, o
marechal Rondon, que em 1909 juntamente com seu ajudante, o tenente Renato
Barboza Rodrigues, através de cálculos matemáticos, geográficos e astronômicos,
confirmaram o local conhecido como Campo d’Ourique , situado a 15º35’56” de
latitude sul e a 56º06’55” de longitude Oeste, tendo sido a localização
geográfica reconhecida e confirmada oficialmente pelo Serviço Geográfico do
Exército Brasileiro em 1975.
O Campo d’Ourique era o local em Cuiabá onde antigamente se castigavam os
escravos e também era enforcados os condenados pela justiça, posteriormente
passou a se realizar no local as famosas touradas cuiabanas.
Para marcar o local foi construído ainda no ano de 1909 um marco simbólico de
alvenaria pelo artesão Júlio Caetano onde foi gravado as coordenadas
geográficas do local.
Mais tarde foi erguido por sobre o marco original um obelisco de
aproximadamente 20 metros de altura todo revestido em mármore branco. Este
obelisco foi erigido de forma a preservar o marco original, o qual se encontra
hoje protegido por vidros, sendo plenamente visível.
A determinação do local exato do Centro Geodésico da América do sul foi mais um
trabalho do valoroso Marechal Rondon, a quem Mato Grosso deve suas mais
precisas cartas geográficas, através de admirável trabalho de determinação e
correção de traçados e localização rios, serras, vilas e cidades, desbravando e
estudando aproximadamente mais de 500 mil quilômetros.
Durante a execução desse trabalho, o Marechal Rondon sempre mandava que se
colocassem marcos por onde passava, fundamentais para a localização posterior e
certificação dos locais estudados.
Catedral e região central |
Catedral por dentro |
Santuário Nossa Senhora do Bom despacho |
Em 1718, chegou ao local,
já abandonado, a bandeira do sorocabano Pascoal Moreira Cabral. Em
busca de indígenas, Moreira Cabral subiu o Coxipó, onde travou uma batalha com
os índios coxiponés. Como perderam a batalha, os bandeirantes voltaram e no
caminho encontraram ouro, deixando assim a captura de índios para se
dedicar ao garimpo.
Em 1719, Pascoal Moreira foi
eleito, em uma eleição direta em plena selva, comandante da região de
Cuiabá.
Palácio da Instrução |
Em 8 de abril de 1719, Pascoal
assinou a ata da fundação de Cuiabá no local conhecido como
Forquilha, às margens do Coxipó, de forma a garantir os direitos pela
descoberta à Capitania de São Paulo. A notícia da descoberta se espalhou e a
imigração para a região tornou-se intensa.
Em outubro de 1722, índios escravos de Miguel
Sutil, também bandeirante sorocabano, descobriram às margens do córrego da
Prainha grande quantidade de ouro, maior que a encontrada anteriormente na
Forquilha. O afluxo de pessoas tornou-se grande e até mesmo a população da
Forquilha se mudou para perto deste novo local. Em 1723, já estava erguida
a igreja matriz dedicada ao Senhor Bom Jesus de Cuiabá, onde hoje é a Catedral
Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
Antigo centro de arsenal de guerra |
Já em 1726, chega à Cuiabá o capitão-general
governador da Capitania de São Paulo, Rodrigo César de Menezes, como
representante do Reino de
Portugal. Em 1º de janeiro de 1727,
Cuiabá foi elevada à categoria de vila,
com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
Cuiabá foi elevada à condição de cidade em 17 de setembro de 1818, tornando-se a capital da então província de Mato Grosso em 28 de agosto de 1835 (antes a capital era Vila Bela da Santíssima Trindade).
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