Desanimar, nunca!
Quem tenha algum desânimo, alguma tristeza ou alguma perplexidade na vida espiritual pode parafrasear o centurião que se dirigiu a Nosso Senhor, e pedir a Maria: "Senhora, eu não sou digno de ouvir a Vossa voz, mas dizei uma só palavra e minha alma será transmudada, de um momento para outro, se vós assim o quiserdes."
Nossa Senhora pode, de um momento para outro, nos santificar, dando-nos um grau eminente de virtude. Nós devemos pedir a Ela que sua voz se faça ouvir no íntimo de nossas almas e nos santifique, concedendo-nos uma virtude que, às vezes, anos de lutas e trabalhos não nos pronunciaram, pois uma palavra de Nossa Senhora pode nos conceder isto.
Nossa Senhora pode, de um momento para outro, nos santificar, dando-nos um grau eminente de virtude. Nós devemos pedir a Ela que sua voz se faça ouvir no íntimo de nossas almas e nos santifique, concedendo-nos uma virtude que, às vezes, anos de lutas e trabalhos não nos pronunciaram, pois uma palavra de Nossa Senhora pode nos conceder isto.
(Plinio Corrêa de Oliveira, conferência de 02/07/1970)
Rezemos mais!
Para obviar o castigo na tênue medida em que é obviável, obter a conversão dos homens na fraca medida em que segundo a economia comum da graça ela é ainda obtenível antes do castigo, para apressar o quanto possível a aurora bendita do Reino de Maria, e para nos ajudar a caminhar no meio das hecatombes que tão gravemente nos ameaçam, o que podemos fazer? Nossa Senhora no-lo indica: o afervoramento na devoção a Ela, a oração, a penitência.
Para estimular-nos à oração, revestindo-Se sucessivamente dos atributos próprios às invocações de Rainha do Santíssimo Rosário, de Mãe Dolorosa e de Nossa Senhora do Carmo, Ela nos indicou quanto lhe é grato ser conhecida, amada e cultuada por esta forma.
(Revista Arautos do Evangelho n°175 - Página 52)
O poder de cura do Santíssimo
À espera dos ecos do 51º Congresso Eucarístico Internacional celebrado em Cebú, Filipinas, na última semana de janeiro, digamos algo sobre o poder que têm o Santíssimo de curar males espirituais e materiais.Um provérbio bastante banal diz que a beleza não está nas coisas, mas nos olhos de quem as vê. É verdade... ainda que não seja toda a verdade, já que há coisas intrinsecamente belas que os olhos maliciosos não sabem apreciar.Mas há outra verdade que não é menos importante: a visão, os olhos, podem ser educados, afinados, limpados. Contemplar e admirar a obra harmoniosa da criação, por exemplo, oxigena os olhos, os descansa e lhes dá luz. É um fenômeno natural, não necessariamente virtuoso, ainda que é certo que a graça aperfeiçoa a natureza.Em sentido inverso, buscar e fixar a vista e a mente em horrores e porcarias -tanto abundam em nossos dias!- opaca o olhar e, o que é pior, mancha a alma. Felizmente, essa sujeira não é fatal, pois tudo se pode recompor com a graça de Deus e o exercício da virtude.
Sendo a pessoa alma e corpo entranhavelmente unidos, se compreende que se operem indistintamente nela repercussões somáticas, psíquicas e espirituais. Crescer como pessoa, é desenvolver por sua vez as potências do corpo e da alma. É triste ver corpos formidáveis com almas murchas ou inexpressivas, ou então, espíritos geniais que se arrastam em uma matéria descuidada e enferma.A perfeição está no desenvolvimento temperante e integral da pessoa como um todo. A santidade não é outra coisa. É esse equilíbrio que vemos em homens e mulheres admiráveis, cujos pés pisam a terra e suas almas aspiram ao céu.Como conquistar essa harmonia se não é com a ajuda da graça de Deus? Se somos assíduos à oração, aos sacramentos, à prática dos mandamentos, a graça nos dará o Senhor por mediação de Maria. Orar, celebrar e praticar sob o manto de Maria é a receita da bem-aventurança.Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de uma vida cheia de ensinamentos e de exemplos maravilhosos, antes de padecer e morrer, nos deixou um legado que é o maior tesouro que temos em nossa Igreja: a Sagrada Eucaristia. Presença, alimento e remédio, o Pão da Vida é um poderoso recurso ao nosso alcance para que esse desenvolvimento integral possa realizar-se e fazer-nos felizes.Assim como o sol dá luz e calor a todo o que existe em nosso planeta, assim a Eucaristia ilumina e energiza a quem se familiariza com ela. Um renomado autor nos explica: "Qualquer um pode comprovar como as plantas expostas aos raios solares gozam de uma exuberância, beleza e vitalidade que não tem quando estão na sombra. Uma grande diferença que se deve unicamente ao esplendor do sol."Agora bem, se a natureza é embelezada desse modo pela luz solar, que admiráveis benefícios não proporcionará a alma o raio espiritual emanado diretamente do Deus escondido? Muito mais benéfica é a Eucaristia para nossa alma que o sol para nosso organismo corporal" (João Scognamiglio Clá Dias, O inédito sobre os Evangelhos, vol. 1, p. 442, Libreria Editrice Vaticana).Belíssima realidade apresentada com lógica e simplicidade a potência da Eucaristia é formidável! Não disse Jesus "Eu sou o pão da vida" e "o pão que dá a vida"?Quanto nos preocupa o que dirão e como nos veem os demais... Temos que reconhecer que uma secreta vanglória rói nosso interior. Para aparentar, normalmente utilizamos todo tipo de artimanhas, às vezes desonestas. Mas resulta que a melhor maneira de domar defeitos e de adquirir qualidades é expor-se aos raios benditos e misteriosos que emanam do altar do sacrifício, do sacrário onde está reservado o Senhor ou da custódia onde Ele reina. A Eucaristia cura! Só que para ser curado temos que ter Fé e arrancar filialmente do Sagrado Coração os lampejos sanadores de sua infinita misericórdia.No dia 11 de fevereiro celebramos Nossa Senhora de Lourdes. Os milagres que se realizam em seu Santuário da França são impressionantes. Muitos peregrinos enfermos se curam de forma inexplicável para as leis da física; outros se convertem e regeneram completamente suas vidas. Mas temos que saber que, a maioria das vezes, o prodígio dessa mudança repentina, se produz no momento em que o Santíssimo passa junto aos enfermos abençoando-os na grande explanada diante da Basílica; isso, depois de que os peregrinos tenham tomado seu banho nas águas da fonte. Como há dois mil anos, Jesus diz hoje aos paralíticos de alma ou de corpo: levanta-te e anda!Verdadeiramente a intimidade com o Santíssimo opera milagres. Para realizá-los, o Senhor conta com a Fé robusta e confiada dos pecadores. Mas a mudança, tão aos poucos, encontra indiferença, distância e até temor. E o pior é que católicos que não acodem a esta fonte bendita de cura, buscam "terapias alternativas" totalmente alheias e contrárias à Fé: Nova Era, reiki, ioga, feitiçaria... Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, rogai por nós!
Por Padre Rafael Ibarguren, EP
Assistente Eclesiástico das Obras Eucarísticas da Igreja
(Publicado originalmente em www.opera-eucharistica.org)
Traduzido do espanhol por Emílio Portugal Coutinho
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/76583-O-Santissimo-Sacramento-cura#ixzz3zyln2a5e
Assistente Eclesiástico das Obras Eucarísticas da Igreja
(Publicado originalmente em www.opera-eucharistica.org)
Traduzido do espanhol por Emílio Portugal Coutinho
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/76583-O-Santissimo-Sacramento-cura#ixzz3zyln2a5e
Evangelizar através da beleza...
Os impressionantes avanços
técnicos e científicos do século XX transformaram a fundo a vida quotidiana do
homem. Graças a eles tornou-se possível executar sem esforço tarefas até então
insuspeitadas. Mas essa praticidade acabou por conferir, de outro lado, uma
simplificação em todos os atos sociais.
As cerimoniosas manifestações de
respeito, por exemplo, foram paulatinamente substituídas por maneiras cada vez
mais informais. No mesmo sentido, qualquer ornato passou a ser considerado
desnecessário por não ser prático. E no intuito de procurar a
funcionalidade em tudo, acabou-se por se distanciar do que é transcendente ou
sobrenatural.Nessa conjuntura, não faltaram
vozes que alertaram ter o mundo moderno quase exilado a beleza do dia a dia.
Entre elas, a do Papa Paulo VI que, por ocasião do encerramento do Concílio
Vaticano II, lançou na Mensagem aos Artistas este apelo: "O mundo no qual
vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero."Sente-se o homem órfão do belo.
Sua alma busca valores perenes que reportem às verdades transcendentes. Porque
"assim como a corça suspira pelas águas vivas" (Sl 41,2), o ser humano tem
sede de Deus, Beleza absoluta e eterna.
Para saciar esse legítimo
anseio, dispõe a Igreja de um inestimável instrumento: a Liturgia.
Se a ilibada
doutrina católica ilumina e orienta a humanidade há dois mil anos, talvez tenha
chegado o momento de atingir, sobretudo pela beleza expressa nos ritos, as
gerações pós-modernas tão avessas a estudos teóricos. Não estará reservado para
a presente quadra histórica o recurso àquilo que São Tomás denomina convertio
ad phantasmata? Haverá, em última análise, hoje em dia, outro meio mais idôneo
de evangelizar?
A Liturgia, devidamente
executada e apresentada, é mais eficaz na evangelização do que qualquer
documento escrito, porque atinge todas as pessoas, independente de cultura,
idade ou idioma. Nela, o belo se manifesta e fala por si. Sem necessidade de
raciocínios, eleva a alma diretamente ao sagrado, abrangendo todos os sentidos
do homem.
Com efeito, qual a razão de os
paramentos litúrgicos terem sido, em todos os tempos, elaborados com os mais
requintados tecidos ricamente bordados? Por que a Esposa de Cristo destilou
delicados incensos para representar nossa oração subindo ao Pai? E para que os
sinos e o órgão, veneráveis vozes da Santa Igreja, senão para melhor nos elevar
às realidades celestes? E a beleza e riqueza dos templos e dos objetos
utilizados no culto?
A solenidade, a pompa e o
esplendor da Liturgia criam um ambiente atemporal que liga o passado ao
presente, o visível ao invisível, o terreno ao celestial, enfim, a criatura ao
Criador.
Realmente, como bem lembrou o
Beato João Paulo II, nunca como hoje se pode dizer tão a propósito que a beleza
salvará o mundo!
(Revista Arautos do Evangelho,
Set/2011, n. 117, p. 5)
♦Fátima é, sem dúvida, a mais profética das aparições modernas!
Evangelizar através da beleza...
Os impressionantes avanços técnicos e científicos do século XX transformaram a fundo a vida quotidiana do homem. Graças a eles tornou-se possível executar sem esforço tarefas até então insuspeitadas. Mas essa praticidade acabou por conferir, de outro lado, uma simplificação em todos os atos sociais.
As cerimoniosas manifestações de respeito, por exemplo, foram paulatinamente substituídas por maneiras cada vez mais informais. No mesmo sentido, qualquer ornato passou a ser considerado desnecessário por não ser prático. E no intuito de procurar a funcionalidade em tudo, acabou-se por se distanciar do que é transcendente ou sobrenatural.Nessa conjuntura, não faltaram vozes que alertaram ter o mundo moderno quase exilado a beleza do dia a dia.
Entre elas, a do Papa Paulo VI que, por ocasião do encerramento do Concílio Vaticano II, lançou na Mensagem aos Artistas este apelo: "O mundo no qual vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero."Sente-se o homem órfão do belo. Sua alma busca valores perenes que reportem às verdades transcendentes. Porque "assim como a corça suspira pelas águas vivas" (Sl 41,2), o ser humano tem sede de Deus, Beleza absoluta e eterna.
Para saciar esse legítimo anseio, dispõe a Igreja de um inestimável instrumento: a Liturgia.
Se a ilibada doutrina católica ilumina e orienta a humanidade há dois mil anos, talvez tenha chegado o momento de atingir, sobretudo pela beleza expressa nos ritos, as gerações pós-modernas tão avessas a estudos teóricos. Não estará reservado para a presente quadra histórica o recurso àquilo que São Tomás denomina convertio ad phantasmata? Haverá, em última análise, hoje em dia, outro meio mais idôneo de evangelizar?
A Liturgia, devidamente executada e apresentada, é mais eficaz na evangelização do que qualquer documento escrito, porque atinge todas as pessoas, independente de cultura, idade ou idioma. Nela, o belo se manifesta e fala por si. Sem necessidade de raciocínios, eleva a alma diretamente ao sagrado, abrangendo todos os sentidos do homem.
Com efeito, qual a razão de os paramentos litúrgicos terem sido, em todos os tempos, elaborados com os mais requintados tecidos ricamente bordados? Por que a Esposa de Cristo destilou delicados incensos para representar nossa oração subindo ao Pai? E para que os sinos e o órgão, veneráveis vozes da Santa Igreja, senão para melhor nos elevar às realidades celestes? E a beleza e riqueza dos templos e dos objetos utilizados no culto?
A solenidade, a pompa e o esplendor da Liturgia criam um ambiente atemporal que liga o passado ao presente, o visível ao invisível, o terreno ao celestial, enfim, a criatura ao Criador.
Realmente, como bem lembrou o Beato João Paulo II, nunca como hoje se pode dizer tão a propósito que a beleza salvará o mundo!
(Revista Arautos do Evangelho,
Set/2011, n. 117, p. 5)
♦Fátima é, sem dúvida, a mais profética das aparições modernas!
As aparições de Nossa Senhora, em Fátima são consideradas como sendo a mais profética aparição dos últimos tempos!Com efeito, Fátima marcou o século XX e tem demonstrado ser a grande esperança do terceiro milênio. As profecias de Nossa Senhora de Fátima anunciaram grandes castigos mas, também, grandes meios de salvação.
♦ Deus faz preceder suas grandes intervenções na história por numerosos e variados sinais.
Com freqüência, serve-se Ele de homens de virtude insigne para transmitir aos povos suas advertências, ou predizer acontecimentos futuros.Desse modo procedeu o Padre Eterno em relação ao advento do Messias, seu Filho Unigênito. A magnitude de tal fato, em torno do qual gira a história dos homens, exigia uma longa e cuidadosa preparação. Assim foi ele prenunciado durante muitos séculos pelos Profetas do Antigo Testamento, de tal forma que, por ocasião do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, tudo estava maduro para sua vinda ao mundo. Até entre os pagãos, muitos esperavam algo que desse solução à crise moral na qual os homens de então estavam imersos.Quase se poderia afirmar com segurança que, quanto mais importante o acontecimento previsto, tanto maior a grandeza dos sinais que o precedem, a autoridade dos que o anunciam, e o tempo de espera.É fácil, à luz desta regra, avaliar a importância das previsões de Fátima, pois quem no-las anuncia não é um Anjo, nem um grande santo, mas a própria Mãe de Deus.Já na época das aparições de Fátima, nos primeiros anos deste nosso século, os acontecimentos mundiais faziam entrever o que seria a triste história contemporânea. De um lado, um progresso material quase ilimitado, a par de uma decadência de costumes como nunca antes se vira. De outro lado, guerras e convulsões sociais de proporções terríveis. A Primeira Guerra Mundial foi um exemplo dessa realidade, largamente superada pela Segunda Guerra Mundial e por tudo quanto se lhe seguiu.Como Mãe solícita e afetuosa, quis Maria Santíssima, evitar todos esses males a seus filhos. Por isso, desceu do Céu a fim de alertar a humanidade para os riscos que corria se continuasse nas vias tortuosas do pecado. Veio, ao mesmo tempo, indicar os meios de salvação: a recitação do Rosário, a prática dos Cinco Primeiros Sábados, a devoção ao Imaculado Coração de Maria.
♦Sexta e última aparição Nossa Senhora em Fátima por Monsenhor João Clá.
Confiar e Orar
O que está por trás do poder de atração dos santuários marianos? O esplendor das cerimônias? A beleza das imagens?
Alguns santuários tem origem em aparições de uma senhora esplendorosa, que traz para o povo mensagens, fonte de águas milagrosas ou a própria efígie estampada em tecido. E até cenas grandiosas, como a dança do sol presenciada por uma multidão. Mas, por que Aparecida atrai tanta gente? A imagem é pequena e simples, achada num rio, sem nenhuma mensagem nem nada.Você, que acabou de ler estas linhas, ou você, que conhece a Sala das Promessas em Aparecida, facilmente encontrará a explicação: paralíticos que passam a andar, surdos que recuperam a audição, cegos livres da cegueira, etc. São milhares de depoimentos em forma de ex-votos, carregados de gratidão a nossa Mãe Aparecida!
Mas, não é para menos, pois Ela aprendeu numa escola divina, a escola de Jesus que passou a vida fazendo o bem. Ou seja, é mais uma prova do poder divino, que através de uma simples e rústica imagem de Maria, realiza prodígios!
Prova também a predileção por nosso povo, por nossas famílias.
E é uma garantia de que Nossa Senhora Aparecida continuará protegendo a todos os habitantes deste imenso Brasil, sejam quais forem os problemas pessoais ou de outro gênero que tenhamos que enfrentar. A palavra confortadora é confiança!
(Pe. Luiz Alexandre de Souza)
(Pe. Luiz Alexandre de Souza)
Oração:
Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam Vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam. Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego, e sobretudo do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude. E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: "Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!" Amém.
Oração:
No longínquo ano de 1717 uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada no Rio Paraíba. Primeiro apareceu o corpo e em seguida a cabeça da imagem...
Rezam as crônicas da época, que em 1717 Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar, Governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, com grande comitiva, viajou de navio da Corte a Santos. Daí, a cavalo subiu até São Paulo, onde tomou posse do governo, e seguiu rumo à minas de ouro. Em Guaratinguetá, permaneceu de 17 a 30 de outubro. O Conde foi recebido com a pompa e a circunstância possíveis, incluindo suculentos banquetes em que os habitantes lhe proporcionaram o melhor da culinária local.
Não podendo faltar os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul, a Câmara Municipal, convocou os mais experientes pescadores para lançar as redes, pois era necessário boa quantidade de peixes. Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João, entre outros, puseram as mãos no remo. Mas, por mais que se esforçassem, os animais aquáticos não queriam aparecer. Apareceu, sim, na rede de João Alves, primeiramente o corpo da pequena imagem de Nossa Senhora, e depois, mais abaixo, sua cabeça.Isso será um sinal? Católicos zelosos que eram, guardaram na canoa o precioso achado, e continuaram lançando as redes.
Surpresos, viram repetir-se o fato dezoito séculos atrás no mar da Galiléia: a canoa se encheu de tanto peixe que quase afundou! Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, em boa hora aparecida no rio, na altura do Porto de Itaguaçu.
O que ocorreu "em todas as condições para ser a descrição de um fato real, um milagre (...) É certo que, para aqueles pescadores, acontecera algo de extraordinário, tanto assim que recolheram os dois pedaços da imagem e os guardaram. Sem dúvida, houve um sinal visível de Deus e os pescadores acreditaram nele.
(Pe. Luiz Alexandre de Souza)
Milagre das velas e outros prodígios
Os três pescadores, Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João, encontraram a imagem da Virgem. Primeiramente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem, e depois, mais abaixo, a sua cabeça!
Felipe Pedroso, por ser o mais velho, levou para casa a imagem diante da qual ele e a família começaram a rezar. Aos poucos o povo começou a afluir em grande quantidade à pequena casa do pescador, a fim de pedir graças e milagres à Virgem que "apareceu" nas águas do rio.
O primeiro milagre atribuído à imagem se deu numa noite serena e silenciosa: enquanto a família e vizinhos "cantavam o terço", duas velas se apagaram sem que ninguém as soprasse, e se acenderam sem que pessoa alguma colocasse fogo nelas. A luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora.
Era costume, naquela época de robusta fé, as famílias vizinhas se reunirem aos sábados para rezar o terço e outras orações, e entoar cânticos em louvor da Imaculada Conceição de Maria. Nessas reuniões familiares, além do relatado acima, houve várias manifestações extraordinárias: o nicho com a imagem passou a tremer, esta quase caiu e as velas se apagaram; no móvel onde se encontrava a imagem, várias pessoas ouviram estrondos, repetidas vezes.
(Pe. Luiz Alexandre de Souza)
Desde o início de sua vida até o momento de passar para a eternidade, todo ser humano é cercado pela proteção e intercessão de um anjo designado por Deus para o guiar, proteger e orientar. Assim, cada um de nós tem um Anjo da Guarda.
Provavelmente, quase todos nós aprendemos em casa, ou nas aulas de catecismo, a clássica oração: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém”. Apesar disso, talvez tenha escapado alguma vez de nossos lábios uma pergunta, repassada mais de admiração do que de dúvida: “Então eu tenho mesmo um anjo incumbido por Deus de cuidar de mim?”
É realmente admirável o fato de cada um de nós possuir um anjo cuja missão específica é favorecer-nos em tudo quanto se relacione com nossa salvação eterna, mas é essa a realidade: Deus “os fez mensageiros de seu projeto de salvação”, afirma o Catecismo da Igreja Católica. E diz São Paulo: “Não são todos os anjos espíritos ao serviço de Deus, o qual lhes confia missões para o bem daqueles que devem herdar a salvação?” (Hb 1,14).“Grande é a dignidade das almas — exclama São Jerônimo —, quando cada uma delas, desde a hora de seu nascimento, tem um anjo destinado para sua custódia!”É muito reconfortante saber que um ser superior à nossa natureza está continuamente a nosso lado; que ele, puro espírito, mantém-se na contemplação incessante de Deus e, ao mesmo tempo, vela por nós, quer-nos todo o bem, e seu objetivo é levar-nos para a felicidade perfeita e infindável do Céu.
Quando nos damos conta da presença desse incomparável guardião, estabelecemos com ele uma amizade firme e íntima, como descreve o grande escritor francês Paul Claudel: “Entre o anjo e nós existe algo permanente. Há uma mão que, ainda quando dormimos, não solta a nossa. Sobre a terra onde nos encontramos, compartilhamos o pulso e o latejar do coração desse irmão celeste que fala com o nosso Pai”.Se tivéssemos maior confiança nesse celeste protetor, nesse bom amigo que nunca falha — ainda quando dele nos afastamos, por nossa má conduta —, seríamos capazes de recobrar a paz e o equilíbrio dos quais tanto precisamos!
A santa da "pequena via"
Na festa de Santa Teresinha do Menino Jesus, Mons. João S. Clá Dias nos fala sobre sua vida, e sobre a via de santificação aberta por ela, chamada de "pequena via".
Senhor, tende piedade de nós,
pelas lágrimas de Maria, vossa Filha poderosíssima.
Jesus Cristo, tende piedade de nós,
pelas lágrimas de Maria, vossa Mãe amantíssima.
Senhor, tende piedade de nós,
pelas lágrimas de Maria, vossa Esposa amorosíssima e misericordiosíssima.
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Teresinha do Menino Jesus,
Anjo de inocência,
Alegria de vossos pais,
Modelo de criança,
Esposa de Jesus Eucarístico,
Espelho dos que fazem a primeira comunhão,
Devotíssima do santo escapulário,
Fidelíssima à regra carmelitana,
Exemplo de pobreza,
Exemplo de castidade,
Exemplo de obediência,
Glória da vida monástica,
Aurora da renovação da vida espiritual,
Guia seguro das almas,
Santa Teresinha, que prometestes uma chuva de rosas,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória. (três vezes)
Rogai por nós, Santa Teresinha, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus que Vos dignastes designar vossa serva, Santa Teresinha do Menino Jesus, como exemplo para nós, concedei-nos a graça de imitá-la e de, por sua intercessão, alcançar o que Vos rogamos. Ó Coração Sapiencial e Imaculado de Maria, que abrasastes com o fogo de vosso amor a alma de Santa Teresinha, concedei-nos a graça de amar-Vos e de Vos fazer amar sempre. Amém.
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